“Depois daquela viagem - diário de bordo de uma
jovem que aprendeu a viver com Aids”
"Às vezes, acontecem coisas na vida da gente que nos fazem desacreditar de tudo. Desacreditar da própria vida, do amor e dos seres humanos. Mas é pra isso que existem os anjos, pra nos fazerem reacreditar em tudo e continuar vivendo." - página 254O livro conta a história da Valéria Piassa Polizzi que resolveu dividir com o mundo sua história através de um livro, o “Depois daquela viagem”. Ela conta como contraiu o vírus da AIDS aos 16 anos através de seu primeiro namorado com quem teve relações sexuais sem preservativo, e conta como lidou e lida com a doença. Esse livro foi o primeiro livro de verdade que li na vida (antes não passava daqueles de princesas), eu tinha 14 anos (acho) quando li. Estava na 7ª serie e o professor de português fez a gente ler, então uma vez por semana a gente lia uma parte do livro na aula mesmo, mas eu me interessei tanto por ele que eu li ele inteirinho antes do pessoal da sala, eu simplesmente fiquei apaixonada pelo livro, coisa que na época eu odiava, porque achava muito chato e entediante ler (a preguiçosa), eu li ele super rápido e posso falar que li duas vezes, porque lia em casa e na escola, estou até pensando em comprar o livro para eu ler de novo pois faz tempo que eu li e ele é muito incrível.
(Valéria Polizzi) |
Valéria foi fazer uma viagem de cruzeiro com seu pai e sua irmã, lá ela conhece um rapaz de 25 anos que também era de São Paulo (ela não fala o nome dele) e eles começam a ficar e depois a namorar. Um relacionamento conturbado, violento, ciumento, quente. Valéria não sabia nada de sexo e menos ainda de doenças sexualmente transmitidas, então quando seu namorado pediu para fazer sexo sem preservativo ela aceitou, pois ele dizia que camisinha é coisa de puta (otário). Aconteceram outras coisas sobre eles, mas nada interessante.
Passaram-se dois anos e Valéria ainda não sabia que era soro positivo (pessoa com HIV), ela resolveu ir para Nova York, mas antes decidiu ir ao médico, pois estava com umas dores na barriga, ela fez varioooos exames, foi em vários médicos e descobriu que estava com sapinho, este sapinho era uma coisa comum em pessoas com AIDS, por causa da imunidade baixa. Ela fez também o exame de imunidade e ela estava baixa e depois fez o exame para saber se estava mesmo com AIDS e foi então o resultado deu positivo. Depois disso Váleria só fica pensando quando vou morrer? Amanhã? Não posso assumir compromisso nenhum, porque posso morrer logo (isso era chato no livro).
Ela vai pro EUA mesmo depois da descoberta, vai para a casa de seu tio fazer curso de inglês e talvez conhecer um pouco mais da doença (que naquela época AIDS era sinônimo de morte), lá ela conhece várias culturas diferentes ao conviver com pessoas de todo o mundo e com isso começa a ter uma visão diferente da doença.
Vou parando de contar a historia aqui, pois quero que vocês leiam, porque valeu MUITO a pena. O final é muito boooom, ele é real e não aquele final feliz como a maioria dos livros tem. Ele me fez amadurecer sobre esse tema, eu recentemente descobri que meu primo faleceu de AIDS, e se ele tivesse a mesma força da Valéria talvez não tivesse falecido.
(Trecho do livro) |
Curiosidades: Valéria hoje tem 43 anos sendo 27 deles com AIDS, ela fez
faculdade de jornalismo, é casada e continua amando viajar. Escreveu também
duas coletâneas de crônicas “Enquanto estamos crescendo” e “Papo de garota” e
participou de duas coletâneas com vários artistas. Valéria foi cronista e
colunista da revista Atrevida, por oito anos, escrevendo a coluna da última
página, intitulada Papo de Garota.
O livro já foi lançado na Itália, Portugal, Alemanha, Áustria, Espanha e em
vários países da América Latina, e virou peça de teatro. O livro completou 15
anos no ano passado.
Atualmente Valéria tem um blog muito legal que vou deixar o link aqui para
vocês, pois sou um anjo. (Blog da Valéria). O livro
pode ser encontrado na livraria cultura, que também vou deixar o link para
vocês. (Compre o livro aqui).(Capas do livro em diferentes países) |
Então é isso, galerinha. Eu
indico muito, minhas amigas indicam muito também. E essa é uma super dica para
você que não conhece muito sobre a AIDS, e pra você que ainda tem um pouco de
preconceito sobre ela, leia que com certeza sua opinião sobre a doença irá
mudar. #FicaADica